*Só sei que nada sei...




Engraçado, mas a vida é bem curiosa na maioria das vezes. Sempre com seus altos e baixos nos pregando peças por vezes irremediavelmente sedutoras outras nem tanto. Ontem caminhava em meio a esses pensamentos conflitantes, em busca do que me compõe, quem sou e posso ser e todas essas angustiantes questões acerca da humanidade moderna ou seria pós-moderna?


O mundo pós-moderno exige que você seja tolerante a ponto de quase – quase por um triz – esquecer seus valores, seus anseios, singularidade. O mundo do imediatismo, dos relacionamentos sem valor, e quando falo em relacionamento não digo apenas entre um homem e uma mulher, mas entre os amigos, os colegas de trabalho e até mesmo familiares. Não há mais hoje em dia a preocupação de olhar no olho e dizer o que sente ou respeitar o que sente o outro. Há sim uma inversão de valores nos remetendo a solidão acompanhada.


Sei que estou bem longe da perfeição, aliás, arrisco dizer que todos nós estamos. Afinal, o que vem a ser perfeito nem os mais brilhantes conseguiram descobrir. Nunca me deparei com um ser assim, tão assustadoramente perfeito capaz de me fazer sentir como escória da humanidade. Não, sempre preferi os errantes, aqueles que tomam um ‘pileque’ de vez em quando e me dizem coisas que não esperaria ouvir, esses me fazem despertar de um “surto psicótico” ou para a vida.

Tal qual o filósofo, eu só sei que nada sei. Talvez você simplesmente não possa conceder tudo o que as pessoas esperam de você e vice-versa, acreditar que é fácil obter esta compreensão é o mesmo que acreditar em perfeição. Certa de que não existem certezas absolutas – a não ser as matemáticas – continuo aqui na busca do meu eu, coerência de meus atos e, tentando compreender a hostilidade do imediatismo moderno.
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