Éramos risos, cores, amizades e vida.
Éramos o tudo e o amanhecer ensolarado, éramos o rei no
rádio, as tardes risonhas.
Éramos a vida que queríamos as flores amarelas da estrada,
as viagens que não voltam mais.
Eram três, eram dois, um só. Éramos!
E partidos fomos, errantes, errados, humanos.
E somos o que dizemos o que fazemos e o que não falamos.
Somos o amor e a dor, somos saudade.
E hoje, vendo-os refazer-se sinto uma lacuna enorme de uma
ferida que nunca cicatriza que nunca fica em silêncio, que grita perdida.
Saudade é o nome que se dá a tudo que foi,
que éramos e em algum lugar ainda somos.