2008




Éramos risos, cores, amizades e vida.
Éramos o tudo e o amanhecer ensolarado, éramos o rei no rádio, as tardes risonhas.
Éramos a vida que queríamos as flores amarelas da estrada, as viagens que não voltam mais.
Eram três, eram dois, um só. Éramos!
E partidos fomos, errantes, errados, humanos.
E somos o que dizemos o que fazemos e o que não falamos. Somos o amor e a dor, somos saudade.
E hoje, vendo-os refazer-se sinto uma lacuna enorme de uma ferida que nunca cicatriza que nunca fica em silêncio, que grita perdida.
Saudade é o nome que se dá a tudo que foi,

que éramos e em algum lugar ainda somos.  
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